Cemitério São João Batista
Manaus (Amazonas – AM)
Manaus (Amazonas – AM)
Manaus é a capital do maior estado brasileiro, o Amazonas. Era um lugar praticamente inexistente no mapa até os europeus decidirem usar o látex extraído das seringueiras em suas indústrias. Foi nesse período que o Estado do Amazonas começou a viver um momento econômico de extrema importância: o Ciclo da Borracha.
A população formada por indígenas e brancos cresceu tanto que em 1695 os missionários carmelitas, juntamente com os franciscanos, jesuítas e mercenários (encarregado de catequizar os índios e impedir as guerras) resolveram erguer uma capela nas proximidades do Forte de São José da Barra do Rio Negro, onde recebeu o nome de Capela de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Manaus.
O cemitério São João Batista, localiza-se no Boulevard Senador Álvaro Maia, bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul. Foi inaugurado em 05 de abril de 1891, na gestão do Governador Eduardo Gonçalves Ribeiro que inaugurou o espaço em sessão solene, às 16 horas do dia 05 de abril de 1891. Possui mais de 19 mil sepulturas, com cerca de 80 mil pessoas sepultadas. A imponente entrada pela Avenida Boulevard Álvaro Maia dá acesso a um dos portões de entrada em ferro com a cobertura em abóbada de berço, com escamas de ferro fundido e vidro. Essa abóbada foi instalada em 1905, na administração de Adolpho Guilherme de Miranda Lisboa. Forma no todo um impressionante conjunto arquitetônico feito pela fundição de Walter MacFarlane & Co., Glasgow, Escócia.
O bairro Nossa Senhora das Graças tornou-se referência na cidade de Manaus pelo fato de lá estar o Cemitério Municipal de São João Batista. O cemitério segue o modelo de planta padrão composto por quadras alinhadas e seqüenciadas. Na sua topografia plana agrupa monumentos funerários em mármore, datados do século XIX e XX, além de uma série de jazigos-capelas que adotam modelos ecléticos e modernos. Muitos jazigos foram importados da Europa com dinheiro advindo da extração da borracha.
Dentre os personagens importantes enterrados no Cemitério São João Batista estão as famílias do Dr. Aprígio Martins de Menezes, do Coronel José Coelho de Miranda Leão e do Eduardo Ribeiro. Destacam-se também os mausoléus coletivos das lojas maçônicas da cidade.
Este cemitério convencional secularizado tem como particularidade espalhar no interior de seu espaço árvores tropicais e pinheiros. Sabe-se que este último não condiz com o clima quente da cidade, todavia, ele tem um significado especial dentro do cemitério – simboliza a árvore da vida. O cemitério ainda preserva algumas iluminarias do século XIX, feitas de ferro fundido, de acordo com o estilo art nouveau.
O Cemitério é uma instituirção cultural da sociedade ocidental. A preservação do seu patrimônio é uma das formas de legitimá-lo, assim como as atividades artísticas e culturais realizadas in loco.
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