Cemitério Santana
Goiânia (Goiás – GO)
Goiânia (Goiás – GO)
O Cemitério recebeu este nome em homenagem à mãe de Maria, Santa Ana Padroeira do então Arraial de Sant’Ana, atual cidade de Goiás. A área destinada para a construção do Cemitério Santana foi aos limites do extinto município de Campinas e o município de Goiânia, capital do estado de Goiás. O Cemitério inicialmente foi administrado pelo governo do estado, a quem pertencia a área (Decreto no 90 A/38). Ele constitui exemplo típico de cemitério convencional secularizado, por ser administrado por um órgão secular (municipal) e não religioso, como era costume antes da Proclamação da República.
O Cemitério Santana possui um modelo de planta-baixa com estrutura similar à de uma cidade. As quadras são quadrangulares e subdividem-se, formando malhas através das avenidas, ruas e travessas. A alameda principal conduz à capela. Ela é intermediada por um cruzeiro local de devoção para os fiéis, e por uma grande avenida transversal, formando assim uma planta de cruz latina.
No Santana estão sepultadas as principais personalidades da história oficial do Estado. Um exemplo é o jazigo da família de Pedro Ludovico Teixeira (†1979), o fundador de Goiânia, onde estão enterrados, sua esposa, dona Gercina Borges Teixeira e seus filhos. Outra sepultura muito conhecida é a do Padre Pelágio (†1961), um religioso de grande prestígio no início da Capital do Estado, que até hoje recebe inúmeras visitas de devotos que atribuem a ele graças milagrosas (seus restos mortais foram transferidos para a Igreja Matriz de Campinas, em 1993).
Destacamos ainda túmulos de pessoas famosas como os ex-deputados Alfredo Nasser (†1965) e Jamel Cecílio (†1980); o apresentador de um programa sertanejo da década de 1970, conhecido por Coronel Hipopota (†1981).
Podemos ainda citar o poeta e escritor Leo Lynce (†1954); o jornalista, Jaime Câmara (†1989), ex-prefeito de Goiânia, fundador da emissora de TV que leva o seu nome e do jornal “O Popular”, e o primeiro prefeito de Goiânia, Venerando de Freitas Borges (†1994). Dentre os políticos, juristas, intelectuais e artistas, existem muitos túmulos de pessoas anônimas, jovens e crianças, que viveram em Goiânia. Suas vidas, contribuições e memórias deram forma a história da cidade e do estado de Goiás.
A fachada possui características art déco; o pórtico apresenta elementos geométricos em baixo e alto relevo, com símbolos das estrelas matutina e vespertina, e com frisos verticais. Destaca-se o friso horizontal, que percorre todo muro do cemitério. O portão, de ferro fundido, apresenta desenhos estilizados de cruzes e do signo de peixes, símbolos da cultura cristã.
O Cemitério é uma instituirção cultural da sociedade ocidental. A preservação do seu patrimônio é uma das formas de legitimá-lo, assim como as atividades artísticas e culturais realizadas in loco.
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