Cemitério da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia
Porto Alegre (Rio Grande do Sul – RS)
Porto Alegre (Rio Grande do Sul – RS)
A cidade de Porto Alegre foi uma região habitada inicialmente pelos índios Guaranis. No século XVII, o tropeiro Jerônimo de Ornellas Menezes e Vasconcelos estabeleceu-se em um pequeno sítio às margens da lagoa do Viamão, dando início a formação do povoado. Porto Alegre teve quatro nomes diferentes antes de ser considerada cidade: Porto de Viamão (1732), Porto do Dorneles (1740), Porto dos Casais (1772) e Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre (26 de março de 1772). Em 1808, foi elevada à categoria de vila e em 1822 à de cidade.
O cemitério Santa Casa foi construído em 1843, no “Alto da Azenha”, pelo general Luis Alves de Lima e Silva – o Duque de Caxias, devido à necessidade urgente da construção de um novo cemitério, já que o antigo ficava nos fundos da igreja matriz, e estava superlotado.
Inaugurado em 1850, coube a Santa Casa assumir a sua administração. Atualmente, o cemitério possui onze hectares de área, contando com galerias para sepultamentos em gavetas; área nobre para os jazigos e monumentos funerários; local para os sepultamentos comuns e para indigentes. Ele reúne um belo e rico acervo de monumentos com esculturas de mármore, de granito e de bronze, realizados por marmoristas e escultores locais e de demais partes do Brasil. Vê-se a forte influência da arte funerária européia na ala histórica do cemitério.
O cemitério Santa Casa está localizado na Avenida Oscar Pereira, no bairro da Azenha em Porto Alegre, em área total de 10,4 hectares. O bairro da Azenha representa atualmente um dos mais importantes pólos comerciais da cidade, mas é conhecido por concentrar os principais cemitérios da cidade.
No cemitério Santa Casa de Misericórdia estão enterradas personalidades que contribuíram com a história do estado do Rio Grande do Sul. Destacamos os monumentos de Júlio Prates de Castilhos, José Gomes Pinheiro Machado, Joaquim Maurício Cardoso e Otávio Rocha; das famílias Chaves Barcellos, Mostardeiro, Pereira da Rosa, José de Carvalho Bastos, Rubbo e comendador Baptista, Barão de Cahy e do Coronel Afonso Emílio Massot.
Trata-se do primeiro cemitério público da capital. Os muros são com catacumbas destinadas para as Irmandades e grande parte do terreno é destinada para sepulturas abertas ao ar livre. Elas são instaladas seguindo uma ordem espacial do sistema de quadras reguladas conforme o traçado xadrez. Atende todas as categorias sociais, todavia a sua entrada – ala histórica – agrupa túmulos e mausoléus de pessoas ilustres da cidade. Desta feita, tornou-se atração turística da cidade de Porto Alegre.
O Cemitério é uma instituirção cultural da sociedade ocidental. A preservação do seu patrimônio é uma das formas de legitimá-lo, assim como as atividades artísticas e culturais realizadas in loco.
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